A TEORIA DA ÁGUA: LAB 1
- Cristina Elias
- 20 de set.
- 2 min de leitura

NONADA.
HABITAR A CIDADE. ESCULPIR NAS PEDRAS.
CAMINHAR CONTRA A CORRENTE.
Entre o subtil e brusco, o duro e o fluido, o pontiagudo e o redondo, começamos hoje a primeira "habitação" do Largo do Século (Bairro Alto, Lisboa) na série de oficinas criativas que compõem A TEORIA DA ÁGUA, instalação performativa no espaço urbano que acontece no contexto do festival #PEDRAS2025 realizado pelo cem centro em movimento. Inicialmente, falei de um processo que envolve 6 laboratórios site specific para a construção da instalação marcada para o dia 18 de Outubro às 22h00. Este evento no dia 18 é certo, e todos estão convidados. Entretanto notei que a "instalação" já está a acontecer. E percebi também que nem de uma "instalação" se trata!! Embora este seja o nome usado para este tipo de trabalho nas artes, o que se deu hoje no centro histórico de Lisboa foi uma "habitação" do espaço com a doçura de tudo o que envolve a intenção, ou a vontade (PARA FALAR DE DESEJO) de "dançar", na interpretação mais expandida que esta palavra pode ter. Meditamos a caminhar. Andamos para trás. Tocamos o ar com a fragilidade da ponta dos dedos. Desenhamos 8's ou infinitos no nada (NONADA, para lembra Guimarães Rosa). Imprimimos vetores, ou seja, impulsionamos movimento no corpo do outro. Tocamos com a pele e com o espírito. Imitamos para encontrar algo de novo em nós mesmos. "Encontramos algo que não sabemos que encontramos". A vivência de hoje, que focou um processo de "continuação" para além da dificuldade, do mal estar, do barulho, da pressa, é já aquilo que se quer plantar com isto que chamo A TEORIA DA ÁGUA. Na próxima Sexta-feira, 19 de setembro, continuamos!



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